domingo

DDI sessions xv: yes, mi lion

"We're Gonna Make It"



Yeah! Yes mi lion!
Always look on the brighter side of life, you know
Nuh must!
Now
Don't you ever give up
Don't you ever give in

Don't you ever give up
Don't you ever give in
Don't you ever give up
Don't you ever give in
We will have our way some day
Don't you ever 'dutty'
Cause a better you clean
Hail up King Selassie plus Omega the queen
Don't you ever give up
Don't you ever give in

Cause I...

I know we're gonna make it
It's not too late, No!
We're gonna make it
Yeah
Yes I know
We're gonna make it
It's not too late
We're gonna make it,
Yeah



Searching for the light
Because your living in the dark
You must realize that
Jah was with you from the start
Glorify his works
And please be upfull in your thoughts
Even though the ones who wish you well
Are few and far apart
People never thought that we would make it thru so far
Speak of love Jah children and be proud of who you are
Keep on concentrating on the brighter side of life
Don't let them get you down
Cause I...

I know we're gonna make it It's not too late, No! We're gonna make it Yeah Yes I know We're gonna make it It's not too late We're gonna make it, Yeah

If your brother weak
Then you must help him if your if you strong
Love him for the right and do not judge him for the wrong
If your sister lost
Then you must help her find her way
She might just be the one to have to help you out some day
United we will stand up
Or divided we will fall
Love your one another

For the father love us all
Keep on concentrating on the brighter side of life
Don't let them get you down
Cause I...


I know we're gonna make it It's not too late, No! We're gonna make it Yeah Yes I know We're gonna make it It's not too late We're gonna make it, Yeah




We will always share
Nuh care how meager the meal
Always speak the truth
Nuh care how ego wi' feel
I and I a root nuh care weh people believe
Don't you ever give up
Don't you ever give in
Seed that we will sew will multiply in the field
Some a speak the word and some are doing the deeds
Don't you ever give up
Don't you ever give in
Cause I...

I know we're gonna make it It's not too late, No! We're gonna make it Yeah Yes I know We're gonna make it It's not too late We're gonna make it, Yeah


>>> Damian "Gong Jr." Marley, um dos filhos do profeta.

essa é pra mana. i&i, lu.

sexta-feira

DDI sessions xiv

del tha funkee homosapien.



tem umas coisas que não saem da cabeça,
da minha pelo menos, expressões, diálogos,
nomes de bandas, livros, deuses, imagens,
mas falo agora de registros sonoros, passagens
musicais, frases.
isso porque tem essa banda, esse nome, que
desde que vim pra cá, pra outra língua, não me
sai da cabeça, como o diálogo entre eric stoltz e
john travolta em "pulp fiction", "are we in ingle
wood", diz o primeiro, e a cada piscada mental
lá vem o nome, del tha funkee homosapien (o
'tha"faz "da"), e eu nem sequer tenho algo dos
caras, rap group fromthe 90's, nem lembro se
já ouvi, e o nome seguepulando na minha cabeça,
vou no site e descubroque eles deixaram pra lá
em 93, mas o som do nome permaneceu, mais
forte que o som da banda,del, agora escuto jurassic 5
nos phones, olhandoa chuva do café-galeria 22, meu
qg, my headquartersna vizinhança, um café ame
ricano na mão, o laptopà frente, trabalho no gatilho,
dinheiro escorrendo,cigarrilha no bolso da mochila
swiss army, lifetimewarranty, "am i a nigger?", diz
o dealer stoltz e travoltaaplica o brown sugar ali
mesmo, mi casa su casa", e fico pensando, sempre
pensando, o tempo todo pensando,e fico pensando
porquê certas frases, certos nomes, certas sensações,
cheiros, porquê determinados atalhospra determinados
moods cavam e constroem espaçopra si na mente de
alguém, del tha funkee homosapien, zimotic, ziggy, bizarre
love triangle, e tu mamá también,e tenho areia nas costas
do vento da rua quando fui fumar,e quero aumentar o som,
mas o clima aqui é de museu, well,it's a gallery, man, chill,
riiight, mas o jurassic chama o volume com "a day at the
races", e a menina aqui já pediu,no outro dia, ontem, pra
diminuir, então be it, vai, foi, já é,e como explicar o del na
cabeça, o jurassic nos phones e a importância da música
pressas real time notes, o volumeproduzindo o fluxo que
gera as palavras?, certas não se explicam, troco pro kraft
com trans-europe express e relaxo.





a chuva passou mas o cabelo ainda tem areia.
os grãos são a memória física da expriência passada.

























del da funkee homosapien,
a idade da pedra eletrônica.


bzzzzzzzzzzzzzzzzztttttttttttt
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quinta-feira

DDI sessions treze



dangermouse&jemini nos phones.
laptop motherfucker funcionando no remote.
que voz é essa que estamos sempre ouvindo?
quem é esse que fala, quem é essa que ouve?
you can get spank for this (jemini no refrão),
you can get spank for this,
take care of business.




fora de ordem, claro, sempre.

segunda-feira

DDI sessions xii

p2p > back to phila > home









sábado

spike bernhard [da caderneta]




13.03

[Com Thomas Bernhard e seu avô martelando minha cabeça, com Spike Lee em Do the Right Thing e 25th Hour — os vitupérios étnicos do primeiro e o discurso de Edward Norton no espelho no segundo — e jantando cercado por turistas, escrevo:]

Jantando no Kilograma de Copa, ao lado de casa. Do meu lado esquerdo, dois casais de americanos falam de suas igrejas back home em companhia de uma terceira mulher. À minha frente, dois alemães com duas sabe-se lá o quê falando alemão também. Me incomodam demais os estrangeiros de Copacabana, seu sotaque imbecil, seus modos estúpidos, seu olhar idiota, seu comportamento “à vontade”, seu turismo sexual porco, infantil, deprimente e imundo, suas mulheres ignóbeis tapando o nariz ao passar pela molecada remelenta, suas hordas de bichas musculosas, tatuadas, branquelas, magrelas, com roupinha hype, camisetinha sem manga, tênis adidas e bermuda justa, me irrita seu tom de voz agudo e sempre alto, suas gargalhadas inadequadas e fora do tempo, os negros imensos e escrotos circulando aos pares, com suas roupas juvenis de basquete do Harlem, rindo grotescamente de mãos dadas às putas locais, sempre as mais feias e mal-vestidas, os italianos podres com seu cabelo de gumex podre e suas roupas podres de estilistas de merda, os alemães e nórdicos brancos namorando prostitutas pela Nossa Senhora de Copacabana vermelhos de praia, com cara de otários, sorrindo um sorriso de otário, com prostitutas horrorosas de roupas idem, todos açougueiros de terceira categoria nos seus lugares nazistas de origem, os japoneses e seu comportamento interplanetário de marciano abduzido, com suas expressões de espanto e ignorância como se estivessem prevendo que a bolha da nave está prestes a estourar e o Monte Fuji vai cair em suas cabeças, os hermanos latinos, os espanhóis, e sua grosseria inata oriunda do sangue de Cortez e de todos os jesuítas assassinos que pisaram sobre o crânio da terra tropical, com seus cabelos gosmentos, compridos, sua vaidade inepta e contraproducente, sua comicidade involuntária, os portugueses e os milênios de banha e gordura e pêlos acumulados no corpo, na cara e no cérebro obtuso e ganancioso de quem está sempre descobrindo a inferioridade alheia para encobrir a própria boçalidade, e os judeus escondidos em seus bunkers móveis, suas sinagogas preconceituosas e militarizadas, paranóicos, imaginando sempre os 40 anos e a chegada do Filho, da Salvação, que enquanto não vem se descobre no dinheiro, no poder, na eterna vitimização, na chantagem, na opressão bastidora, com Israel evidente e matadora, e os turistas nacionais, de outros estados, andando aos montes, com sotaques risíveis e comportamento corrupto, com suas crianças imbecis e mal-educadas, brigando para não dar a gorjeta, fazendo guerra de areia na praia, sujando o chão do restaurante, falando alto no cinema, e nós estrangeiros cotidianos do inferno caótico de Babyloncabana, que não nos tornamos homens-bomba de fato, mas de direito sempre, convivendo com ruas atômicas, barulhos vulcânicos, esbarrões tormentosos, motoristas insanos, que podem ser nós mesmos, ônibus, táxis e vans infernais, um ar vermelho que treme no reflexo o asfalto, um bafo quente que não vai embora, as mil putas do purgatório da Help, os prostitutos e prostitutas que se vendem sem cobrar abertamente por falta de profissionalismo e excesso de desespero, vaidade e pretensa esperteza, os garçons subservientes que acham o turista vermelho um semi-deus, os guardadores de carro, corja infame que apodrece a vida, os moradores do purgatório, que acumulam os átomos da bomba humana mas são estúpidos, idiotas e boçais demais para fazer alguma coisa que não continuar vivendo e esbarrando no espelho.

sexta-feira

DDI sessions once



então é isso aí.
queens of the stone age voando baixo nos phones,
miró do outro lado mesa, empire state ao fundo,
as árvores lembaixo, nueva york na chuva, eu
depois da tempestade de verão.

***

a ansiedade de não perder, não deixar passar nada,
se acalma com a idade. viver é escolher, ponto
final. nova york engole o sujeito com a cornucópia
invertida das mil atrações por segundo. é preciso
ver o moma, o met, a broadway, o central park,
ir ao brooklyn, ver a nite, dançar, shows, as livrarias,
virgin megastore, e nessa excitação infernal não se
está em lugar nenhum, nunca, estamos sempre
dentro do dreno babilônico de energia, vazando,
vazando espírito, derretendo a carne com o fogo
do nosso complexo desinformado de inferioridade,
nossa submundice, delírio de consumo criado na
insegurança, no vazio, no desespero do deslumbre.

***

a diferença entre viajante e turista, adquirir
e comprar, trespassar e ser trespassado.




não é preciso. nada é preciso.
não devemos nada a ninguém na cidade,
eu não devo nada a ninguém nem aqui
nem em lugar nenhum, ny não é muito
mellhor que madureira, gente, gente,
rrrrrrammmmmm, nervo exposto.
cultura e consumo, qual a diferença?
de bermuda, havaianas, phones, cigarrilha,
óculos escuros, estou aqui como em copa
cabana, a diferença é que estou aqui,
e não mais lá, a cabana é outra mas a
carcaça é a mesma.

***

a diferença entre saborear e engolir.

***



e, claro, ny é muito melhor que madureira,
isso é só um princípio anti-deslumbre, anti-
idiotice, não vivemos num mundo unidimensional,
eu não vivo num mundo unidimensional,
em roma como os romanos, sem rendição
ao dreno, sem a sensação de perda por ir ali
e não lá, ou mesmo não ir, ficar em casa e
ver o céu, a chuva, ler, escrever, ou descer
na esquina e comer um falafel e fumar e tomar
uma cerveja.
aqui como aí, lá como cá, esse é o princípio.
não teremos tudo nunca, eu não terei tudo
nunca, e nem quero mais.
é preciso escolher, e aceitar a escolha, estar
em paz com ela é estar em paz consigo mesmo.
em ny ou em madureira.


quinta-feira

DDI sessions ten: de la soul in da soul



DE LA SOUL in the soul

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domingo. acordo slowmotiontotal, calor suado absurdo e dia
longo pela frente. suquinho na galeria 22 e sanduba no gusto's,
recuperação física; thomas bernhard/old masters e
3 feet high and rising/de la soul, reparação espiritual e
preparação para o ponto alto do dia.

menu: de la soul @ 5h30 for free no SoCo music experience
e spankrock @ 10 pm no walnut room, dj style.

ônibus pra 11st, destino chinatown, resgatar meu camarada miró
no ponto do p2p, ny>phila.

vamos andando, não chega nunca, é no pier mas o pier é longo, imenso,
cais do porto, é mais pra lá, mais um pouco, diz o cara da água, que
desce como uma benção, não há uma árvore, estamos ensopados, vamos
chegar atrasados, o show é só de uma hora, fila na entrada, impressão
de que está lotado, zoom in, nada disso, entrada rápida e fácil ouvindo
o som e as vozes chamando, comento com miró que entrada de show
(ou maracanã) com espetáculo inciado dá sempre vontade de correr,
excitação ansiosa de chegar logo, não perder nada, e damos uma corridinha
cuta e animada, os caras no palco, vamos pra dentro do público arrumar
o spot sombreado, e, sim, estamos lá, o som batendo forte, galera feliz,
começa uma brisa, uma cerveja que ninguém é de ferro e grooooove
na alma.

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depois > bob mould (husker du e sugar), boringboring, with
all due respect, e flaming lips, que demora demais, e vamos
pra house sem ouvir um acorde deles, organizar a base pro
spankrock.
walnut room, primeiro naiteklub das sessions, a chegada é
kool&nice, clima sophistphunk, e começando a encher, e o
dj não se resolve se é pra lá ou pra cá, parece que é o novo
estilo por aqui, misturatotal, pra mim não funciona, e já
está cheio, e spankrock assume, é um moleque mc e um dj
principal, com outros dois circulando, ou algo assim, não
conseguimos entender totalmente, essa é a festa "sundays
are the new black", domingos no wr, 5 mangos louros, e
a espectativa é que essa seja a noite, pesquisa incessante
dos novos sons wherever, fuck flaming lips, mas quando
parece que vai decolar finalmente, a caixa de retorno cai
em cima do cdj dos caras, e já está lotadaço, uma galera
novinha, exageradamente mal vestida (with all due respect)
e ensandecida, fica tudo ainda mais irregular do que já estava,
mas o cansaço é sempre superado pela lembrança irradiante
do de la por dentro, e assim vai, foi, e saímos pra noite
calma e quente da philadelphia.

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(gotta) DO AS DE LA DOES






de la soul, de grátis, depois de andada insana sob sol
insano madura-phila, os caras tranx levando o som na
tranqüilidade, chamando a brisa.
felicidade total.
tarde inesquecível.

sexta-feira

DDI sessions nine




trabalho, trabalho, trabalho,
mundolivre>s/a.
um livro de jameson na mão,

dj culture na outra, atrás da
rotina, que é outra rotina, atrás
de um outro itinerário,
capitalismo tardio, capitalismo
atrasado, vida em desperdício,
koyanisqaatsi, desequilíbrio vendido
como modo de vida, estamos
num sampling equivocado, vivendo
a ilusão de outro, outra vida,
outra persona, outro mito, outra
cultura, outro espírito, outra
história.
babylon, this is your final call.





segunda-feira

DDI sessions viii


neighbourhood at night i


back to the back to the bitcho, beastie boys!
coldcut e os sound mirrors nos fones.
estamos bem.
it goes in english, fucking lack of cedilhas e acentos.
italy beats france and the world goes on.
nice headed zizou, pretty aestethical move, my man.
please, mr nichols, coldcutme!
and enters: i get another control, ahhhhhhh!
weeeeelllllll > everything is under control, i get your soul

under my control, capitalism is under control,
you know uncle sam, life is not a tv show!

not a tv show, not a candy box, not a not


you leave me hungry, says constanza,
tricky whispers, car crash, vulnerable.
got the loop from brian ferry's slave to love,
you fucking bastard, amazing motherfucker,
let these girls sing to me, martina, constanza,
martine, how da fuck you manage to get a martine
and a martina to sing for ya, you are the man.

***

You leave me hungry
Wanting more
Am I thirsty
I wasn’t sure
See me driving
Through the rain
Why am I driving
I can’t explain

***

i am sliding, i loose my brakes,

car crash.


neighbourhood at night ii

quinta-feira

DDI sessions vii

e aí já me atrasei tanto que resolvo dar as graças de novo, sem foto, só música — ritual de lo habitual, como diria o jane's addiction. registrando a passagem do tempo e o frio estúpido do ar-condicionado aqui do lab. amanhã, sensacional new jersey fucking beach (grande trocadilho, hein?), estamos nessa, livrinho na mão, câmera na outra, mas agora é a hora do crime sempre, mesmo na antecipação o crime é executado, e a hora é sempre essa, já, e nesse exato momento estou mergulhado no espetacular disco do ltj bukem, "earth", o primeiro da série, d&b jazzy espacial que, o quê?, que o quê?, transfere, transporta, mas instala também novos parâmetros, definitivamente instalou quando foi lançado, época em que o drum&bass estava mais pro jungle, mais punch e menos sutileza.



escapada rápida, do frio e pra garantir o jantar, ao carrinho da chinesa lembaixo. o dia ainda claro, quente, belo, um eggroll pra quebrar o gelo da sala e um chino.mixturex to go. quebro o biscoito da sorte e minha vida muda (como sempre mudam as vidas quando quebramos o biscoito da sorte pra ver qualé, qualé a sorte): you have an unusual equipment for success, use it properly. muito agradecido, farei o possível, parece conselho pra ator de pornô hardcore, olha meu bem segura a força que deus te deu em dobro não convém gastar de uma vez.
e aí, volto, de novo e mais uma vez, ao bukem, earth, a terra é azul.
time to go to the library.




DDI sessions vi

tá muito escuro aqui, kaspar.
essa house de notas tá too fucking black, my man.
weeeell, dia de fotos claras to open the sky and invite the eye.

asian dub mandando enemy of the enemy live, o sol martelando os
cocos lá fora, madureira não me abandona, o império possível de cada um,
o meu é serrano, serrinha, a mina falastronacelulárica se mandou, com a graça do profeta.

mais um nome pras notas do norte (esse é outro!):
DDI, para Dentro Do Império sessions, e serve pra hoje.

dia de fotos, então:




ny > miró's place view



ny ob.sessions ix



ny > dusk



phila > st james street, kasparhouse