segunda-feira

DDIs 3seis: daquilá



domingo, segunda, manhã de sol, shadow e beasties no rio ontem,
a família muito bem representada (boa, lu!), eu e miró daqui de
olhouvido lá, filminhos ótimos e comentários abaixo da crítica.

[bem, em 95, na turnê do ill communication, bati o ponto
no imperator.
e aqui, o shadow tocou mais de duas horas, i guess it
equalizes]

banheiro vermelho e água branca em homenagem surrealista.

domingo

DDIs três5


auto-interrogatório blue


quarta-feira

DDIs três4: restrooms' truths



a verdade é que a verdade não existe
ou, como diria o campos de carvalho,
grande walter, só existe uma verdade
absoluta, todo racista é um fiho da puta,
mas digo isso com conhecimento de causa
(e um certo ar superior) porque hoje ganhei
mais um bilhetinho do biscoito da sorte e
ele dizia (não eu, o que só melhora a situação
e dá respaldo às minhas diatribes), dizia:


you have an ability to sense and know higher truth.

algumas verdades inexistentes, porém momentâneas
(mesmo que por uma fração de nada):


meu pensamento é muito mais rápido que eu.
eu nem sempre sou meu pensamento.
a música pode ser meu corpo, e também meu pensamento.
sair na rua com o cabelo molhado no inverno não é uma boa idéia.
o vício determina o andamento do dia.
a virtude determina o andamento da vida idealizada.
a hora mais fria é o princípio do dia.
arizona green tea é o mate leão do hemisfério norte.
fones grandes protegem a orelha mais que os pequenos (de novembro

a abril se você está aqui).
o livre-arbítrio é arbitrário.
a preguiça pega mal (e paga pior).
isqueiros menores duram mais.
banheiros pichados dão fotos melhores.
amanhã nem sempre é outro dia.
hoje nem sempre é agora.
a verdade mais profunda é silenciosa
(mas no princípio era o verbo).

[soundtrack:
times up parts i & ii, rockers-hi-fi ]
>>> floating lessons <<<

segunda-feira

DDIs trêstrês: overproof



penso em postar fotinhos de banheiros de bar de ny,
mas, nada, talvez depois, quem sabe. em lugar disso,
passo a tarde ouvindo rockers hi-fi, os dois disquinhos
que estão no hd powerflower, "overproof" e "rockers to
rockers", que são mesmo da pesada, e fico pensando
que tenho nesse momento um certo sotaque portuga
nos meus dedos e no flow que vai produzindo as notas
disfarçadas de palavras.
o estranho é que comprei esse café e não consigo tragá-
lo, sai sempre mal, e era pra ser bom, volcano extra ultra
super dark power, e não rola.
então, fecho as janelas que o frio está ventando pra dentro
da house indefesa e sacudo o esqueleto sentado reagindo
ao breakbeat endubeado e sigo pensando no schedule do dia,
deixando que ele escorra junto com as nuvens.


***

"more and more about less and less
less and less about more and more"
saindo das flatmaxellspeakers:

>>>

quinta-feira

DDIs xxxii: shadow of the shadow



mais um showzinho power na área. dj shadow no tla
(theatre of living arts).
del tha funky e lateef the truthspeaker abrindo.
2 horas de maestria e bocaberta.
tem outros, mas shadow é a sombra da mixagem perfeita,
o homem-sampler, man-machine with a human heart
and a brain.
absurdo.














DDIs 31: 3 snapshots

1. tenho o cabelo enorme e esvoaçante, apesar de estar defronte ao espelho do banheiro, e na mão o livro de entrevistas com o bernhard, presente da irmandade, não sei mais que língua falo, começo no espanhol e na outra frase passo pro inglês e descanso no brasileiro (é isso, a partir de agora, do livro em português-português-traduzido-do-alemão-e-mais-alemão-que-o-próprio-alemão-aos-meus-ouvidos, chamo a língua em que fui alfabetizado de brasileiro, sem vergonha, sem problema, sem drama), uma cigarrilha na outra mão e uma dose de jim bean em cima da mesa, na minha estaçãozinha de trabalho (laptop hp, um hd externo que trouxe do rio com minhas músicas e outras tralhas e minhas caixinhas de som maxell) vou escrevendo e ouvindo the roots (hiphop elegante e local, philadelphos negões cheios de um si mesmo tranqüilo).

2. um charutinho e um café, arrumando a mochila, mais uma caída em nyork, dia nublado, o frio dobrando a esquina, a chuva no horizonte, seguindo com o the roots, encontrar os amigos, segunda teve o show do shadow, mais um bota-abaixo musical na terra estrangeira, livros, esperas, fumaça, postergação, streets of philadelphia em ritmo hip-hop (fuck bspringsteen), e eles vão cantando "it's all in the music", sempre.

3. finalmente você tem a janela de volta com a retirada do aparelho de ar-condicionado, de novo um quadrado aberto à frente em vez do pequeno retângulo escondido no alto, as árvores próximas, acordado pelo despertador telefônico do telemarketing insuportável, no thanks and please take off the number of your list, e as vozes gritando o desespero do nada tranqüilo do trabalho americano, sempre eficiente, você tem vontade de reclamar mas berrar não está na ordem do dia, então deixa que a música faça o serviço, "you boys get ready 'cause here i come, here i come".

quarta-feira

DDIs 30: kraftkomplexionilustraxk

IN VIENA WE SIT, AT A LATE NIGHT KAFE

TRANS-EUROPE EXPRESS












TRANS-EUROPA EM PHILLY
HOMECOMPUTER > MEET MYSELF INTO THE FUTURE
STRAIGHT CONEXION
SCHUYKILL
RIVER
A KISS
IN
THE WINDOW
musicnonstop >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

DDIs 29: notas do nada vistoso

a barata dribladora teve o fim merecido.
havaianas verdes da seleção, serve pralguma
coisa a referência do penta e da bandeira.
meia-noite e meia, o filhote vesgo e feioso,
frankenstein de papel virtual, devidamente
parido, cuspido, costuradinho, remendadinho,
quase bonito, mas simpático, cirurgião filadelfo
movido a musik & complaints.
pra operação: fones e kraftwerk, nada mais
adequado.
we are ze robots!

music is the weapon, i'm the ammunition,
e tamos combinados.
bombsaway!
dahouse.
wazari!

segunda-feira

DDIs 28: music is the weapon writing

ouvindo os novos sons dos velhos conhecidos.
volto ao bonobo, winamplaylist com geral.
escrever qualquer coisa pra tirar de dentro.
sempre a velha máxima: o sentido que se faça,
faz quem quiser fazer, um abraço e meus cumprimentos.
ficar sem escrever é o pior sofrimento.
e a música é a arma.
recurring, sugar rhyme, days to come, baby.

a foto da fachada em nova york, o porco vermelho,
a parede rosa descascada, o porco zen flutuando como
na capa do dark side of the moon, pigs in zen, cantava
perry farrell, e uma vontade de escalar a parede rosa
e descascá-la um pouco mais com meu skate antigravi
tacional imaginário.

o som americano é um estrondo perdido no céu limpo.
uma sirene furiosa no vazio.
som de ódios e cores diversas.
um incêndio invisível queimando no carburador
de um carro voraz e gigante.
não sou eu.

eu estou girando na fumaça e esperando o inverno
sem sobretudo e sem sapatos impermeáveis.
eu e meus óculos negróides, eu e a barba negróide,
uma argola cortêsmaltada na orelha e o pensamento
circulando dentro e fora das cigarrilhas, sobre o
schuykill river, caminhando pela ponte e nos fones.

embaixo, o local do futuro acontece cristalizado
pelo mesmo de sempre, espécie de nada mumificado
pela inércia, mas se um passante ao meu lado olhar
o espelho verá o que vejo de outra forma, e igual.

um porco budista rabiscado na tela, um brinco no bico
do peito, dreadlocks, cronenberg beijando giger,
um novo implante de memória, buscar a ordem direta.

já, ainda, sempre.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

domingo

DDIs xxvii: ny snapshots



pigs in zen