segunda-feira

DDIs 28: music is the weapon writing

ouvindo os novos sons dos velhos conhecidos.
volto ao bonobo, winamplaylist com geral.
escrever qualquer coisa pra tirar de dentro.
sempre a velha máxima: o sentido que se faça,
faz quem quiser fazer, um abraço e meus cumprimentos.
ficar sem escrever é o pior sofrimento.
e a música é a arma.
recurring, sugar rhyme, days to come, baby.

a foto da fachada em nova york, o porco vermelho,
a parede rosa descascada, o porco zen flutuando como
na capa do dark side of the moon, pigs in zen, cantava
perry farrell, e uma vontade de escalar a parede rosa
e descascá-la um pouco mais com meu skate antigravi
tacional imaginário.

o som americano é um estrondo perdido no céu limpo.
uma sirene furiosa no vazio.
som de ódios e cores diversas.
um incêndio invisível queimando no carburador
de um carro voraz e gigante.
não sou eu.

eu estou girando na fumaça e esperando o inverno
sem sobretudo e sem sapatos impermeáveis.
eu e meus óculos negróides, eu e a barba negróide,
uma argola cortêsmaltada na orelha e o pensamento
circulando dentro e fora das cigarrilhas, sobre o
schuykill river, caminhando pela ponte e nos fones.

embaixo, o local do futuro acontece cristalizado
pelo mesmo de sempre, espécie de nada mumificado
pela inércia, mas se um passante ao meu lado olhar
o espelho verá o que vejo de outra forma, e igual.

um porco budista rabiscado na tela, um brinco no bico
do peito, dreadlocks, cronenberg beijando giger,
um novo implante de memória, buscar a ordem direta.

já, ainda, sempre.

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8 Comments:

Blogger Vânia Vidal said...

O tempo das coisas é a medida de nossa espera.

um beijo

03 outubro, 2006 19:14  
Blogger kaspar said...

mme v.v., que tal inverter?
o tempo da espera é a medida das coisas, pode ficar mais simples, né? ;)
bjk

04 outubro, 2006 01:45  
Blogger Vânia Vidal said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

04 outubro, 2006 09:25  
Blogger Vânia Vidal said...

é bem mais simples, porém bem menos profundo.
bjs

04 outubro, 2006 09:28  
Blogger Luciana Gaspar said...

Não, não é você, é aí.

De onde, Rito, de onde vem esse sofrimento por não escrever, esse uso da música como arma? Era doença de infância contagiosa? Ou nós somos, irmão, como a vitrine descrita? Olhamos o espelho e vimos de outra forma, porém igual? Melhor perguntar pros velhos.

Saudades

09 outubro, 2006 14:33  
Blogger kaspar said...

acho que isso veio da mãe e de toda a música dentro dela.
e vou inverter de novo, lu.
melhor: igual, porém de outra forma, né?

aliás, voltando às inversões, discordo, mme v.v., acho que na verdade a inversão é mais profunda, tem mais movimento, mais música e dá ao sujeito o power devido;)

e bjs.

12 outubro, 2006 00:54  
Blogger Vânia Vidal said...

Ainda insisto no meu argumento, pois se o tempo da espera fosse o o tempo das coisas, como, meu querido, haveria o inesperado?

divagações... divagações de uma pessoa que é uma clara ameaça à sociedade como um todo, eu diria. Mas a Adi vai te dizer como é a peça, e como funciona o único neurônio da minnha cabeça.
abraço

12 outubro, 2006 17:59  
Blogger Luciana Gaspar said...

O irmão mais velho tem sempre razão, é? Que saco...! Rsrs. Beijo. Saudades!

17 outubro, 2006 17:00  

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