sentado na cadeira mais que confortável do lab,
nação zumbi nos fones, a guitarra do lúcio maia
me levando pra fora, onde sempre estou, in fact.
saco a moleskine da mochila e digito umas kut-notes
(nem as primeiras nem as de ontem, aleatórias, as usual;
mudamos de lugar mas não mudamos de espírito, eu,
pelo menos, of course):
> 6.6.6
* saio pra comprar house stuff e telefonar.
a primeira coisa que vejo é o verso de uma placa
de delly: "
"6.06.06, the world did not end!
* nenhum (ou quase nenhum) problema com a língua.
às vezes misturo com espanhol e português, mas está muito
mais tranqüilo que imaginei.
* agora são 4:44 e estou sentado num café tomando um regular
e curtindo o vento. os carros sucedem num engarrafamento light
sem buzina. nos fones, rockers hi-fi com o black album.
pego outra talvis. já sabia, mas aqui percebo mais claramente
que me tornei um fumante absoluto, dos inveterados. vou para a
quinta ou sexta cigarrilha do dia. sou condescente comigo:
adjusting time is an allower for the excesses.
* sento no gusto, peço um peach snapple, acendo uma talvis
e começo a ler o slow man, do coetzee, e como sempre a abertura
é afiada e entra por dentro, cortando como uma faca.
> cut&dry:
* comprei um bic amarelo enquanto o zippo não vem.
* um conto em que um cara (eu?) vem pra cá sem falar inglês
direito e só se comunica (ou tenta) com expressões de músicas
do hiphop e da cultura pop.
* as pessoas não parecem muito tensas como imaginei.
* quando penso no tempo que vem, um ano!, me assusto.
*sem água na privada.
* derrubei a tv no primeiro dia, not on purpouse.
* já tenho saudades.
* murderer style (black album, #4)
***
beeep.
"one day we'll be so tall", zion i nos fones.