nod
A realidade é sempre espinhosa demais
para o nosso imenso caráter,
não é Rimb?
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um mundo que não nos perseguisse mais (perseguisse a mim?)
fugir de todo o preâmbulo, de tudo que não é carne, essência, eu
se cheguei até aqui, desse jeito, foi por melancolia, através da melancolia
a saudade de deus, desejo impossível no escombro cínico
quem terá alma pura? anagrama de lama, maal, deus irmão de baal?
escrevo para expelir, como a masturbação angustiada, tirar de mim a apatia, sua frustração
espero tanto de deus, já tive momentos melhores, de maior autonomia
e se ele esperar ainda mais de mim? esse seria o deus irado que expulsa seus filhos
como é possível chegar ao ponto de não ter certeza de nada, ou quase, de estar infestado de todas as perguntas e respostas e posições antípodas e afirmações e contradições?
de duvidar da dúvida e do seu oposto e do momento posterior quando algo está
do i dare to eat acho que era uma pêra, então ouso comer a pêra?
tudo é desconstrução agora, conceitos, textos, imagens, mas isso vem depois
eu nasci desconstruído
estamos desconstruídos e os arquitetos do espírito foram rebaixados à condição humana, mortal, estão mortos para as almas juvenis, pequenas e vulgares que jantam disputando talheres de plástico com os mais velhos, que disputam as primícias de um nada reluzente
como viver a outra metade da minha vida envolvido nessa membrana de tristeza e dispersão?
nem se matar nem viver no campo, não há força
a cidade de caim, construída com sangue humano, amaldiçoada pelo deus do caminho
todo o desejo, o sonho, o espírito humano está corrompido no nosso esconderijo do divino
imóvel, estático, plúmbico
evidente que o homem é alado, asas para se encontrar com deus, o sonho, o delírio, a inspiração
mudaríamos tudo se construíssemos coisas mais belas?
penso em deus o tempo todo, penso na minha orfandade, desejo de referência, estou quebrado
aberto a todas as influências e fechado a todas elas
turbulento, transtornado
caim na terra de nod
[2002]
fugir de todo o preâmbulo, de tudo que não é carne, essência, eu
se cheguei até aqui, desse jeito, foi por melancolia, através da melancolia
a saudade de deus, desejo impossível no escombro cínico
quem terá alma pura? anagrama de lama, maal, deus irmão de baal?
escrevo para expelir, como a masturbação angustiada, tirar de mim a apatia, sua frustração
espero tanto de deus, já tive momentos melhores, de maior autonomia
e se ele esperar ainda mais de mim? esse seria o deus irado que expulsa seus filhos
como é possível chegar ao ponto de não ter certeza de nada, ou quase, de estar infestado de todas as perguntas e respostas e posições antípodas e afirmações e contradições?
de duvidar da dúvida e do seu oposto e do momento posterior quando algo está
do i dare to eat acho que era uma pêra, então ouso comer a pêra?
tudo é desconstrução agora, conceitos, textos, imagens, mas isso vem depois
eu nasci desconstruído
estamos desconstruídos e os arquitetos do espírito foram rebaixados à condição humana, mortal, estão mortos para as almas juvenis, pequenas e vulgares que jantam disputando talheres de plástico com os mais velhos, que disputam as primícias de um nada reluzente
como viver a outra metade da minha vida envolvido nessa membrana de tristeza e dispersão?
nem se matar nem viver no campo, não há força
a cidade de caim, construída com sangue humano, amaldiçoada pelo deus do caminho
todo o desejo, o sonho, o espírito humano está corrompido no nosso esconderijo do divino
imóvel, estático, plúmbico
evidente que o homem é alado, asas para se encontrar com deus, o sonho, o delírio, a inspiração
mudaríamos tudo se construíssemos coisas mais belas?
penso em deus o tempo todo, penso na minha orfandade, desejo de referência, estou quebrado
aberto a todas as influências e fechado a todas elas
turbulento, transtornado
caim na terra de nod
[2002]
2 Comments:
Não
reclamações com monsieur jean-nicolas.
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