terça-feira

krazy's tuff

tarde de terça, 7 de fevereiro de 2006

não vou me matar, pelo menos não hoje, não agora (nem depois?).
existe a música e é aniversário da minha irmã.

somos os renegados do funk, diz o rage redizendo o bambaata. entra a pj no john peel, e agora bloc party arrebenta as caixas com banquet (phone disco edit).
uma nova lei: um dia na semana pra ouvir música (não é hoje).

tom deitado de barriga pra cima na cama. o calor também fode os gatos.

fiz uma seleta só de 3x4 pra animar o trabalho, pero...
vou de clash, ciccone youth, killing joke, dk, smiths, rem, fall, sisters, bauhaus.
some girls are bigger than others, morrissey.

tempo estranho, época esquisita , o mundo é de quem pegar, mas os idiotas dispararam na frente (ou se tornaram idiotas no caminho?). e deus, não tem nada a dizer, ou vai falar o resto da vida por parábolas e marionetes e testas de ferro?

a vida da mente, madman mundt, o corredor do hotel em chamas, barton preso à cama, os policiais fuzilados na porta do elevador.

dk pisoteia as caixas com too drunk to fuck. baile punk, holiday in camboja.

aceleração dentro e fora, a mente não pára e a bebedeira está longe, mas o desejo não morre.

e volto aos 20 com walk away, sisters e a voz cavernacular de eldritch, dos maiores all times canastras do pop. would you choose to walk or stay?

quebrar o pensamento, pensar contra, como queria o maggi, ser um esquizóide, buscar a vida do platelminto dentro de si, entidade larval que percorre o corpo de burroughs, que sentido que não a sensação, que lógica que não a do que é e não tem porquê? the queen is dead anyway, smithboy.

sim, sim, sim, te mostro a vida da mente, i’ll show the life of the mind, grita o mundt, lunático assassino da miséria solitária alheia, transportador de apólices, doador de seguros contra a vida da morte, morte em vida, isso é real, barton, eu moro aqui, e você, pretensioso escritor do baixo estrato, quer falar de crueza mas filtra a fúria pela empatia, i create, você diz e leva um soco, intelectual iludido pelo próprio intelecto, não, a mente está em chamas e você está preso às suas correntes, não é nada disso.

ciccone youth e children of satan/third fig.

no dia seguinte, a praia, a mulher da pintura e o saco com a cabeça da judy davis, fim.

barbarism begins at home. a crack on the head is what you get for asking or not asking. they must be taken in hand, unruly people.


os olhos amarelos do tom, um pequeno fio negro no meio dos glóbulos, as orelhas em pé ouvindo smiths e a expressão de um pensamento gatuno tão distante quanto o seu entendimento.

say it out loud: i am freaky styley and i am proud!

2 e meia, change the music after the chesseburger: zenzile e o grande disco totem, abre com pandora’s box (sans trocadilho).

corto maltese me olha de cima da plataforma, mão no bolso, cigarrilha na direita, elegante e cool como o brinco de ouro da princesa.

e missy me escreve sobre disarray, um sentido enfim sobre a falta de um.

kaspar.house, life of the mind,
krazy’s tuff, my friend,
be welcome.


1 Comments:

Blogger Luciana Gaspar said...

agora / não / irmã.
- Nem depois - a irmã diz, - Vá ouvir música, vá!

26 abril, 2006 11:35  

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