quarta-feira

bbbbbbbbbbbbbbbbbonde andando (conversas aleatórias) i


1. abertura

pronto para a batalha, você diz e vai. praonde?
para onde caminham os cavalos em fim de carreira, e vai tropeçando.

– quê isso? é, realmente a televisão limou seus pensamentos. aonde será que eles andam?
– então tá certo. a gente põe os helicópteros no final junto com os aplausos.
* não, não se preocupe. é só que eu bati com a cabeça na parede.
deitado então no fundo da caverna úmida. o frio cobre o corpo. o urso apagou.
– praquê campo livre se ninguém aproveita o ataque?
* no deserto você vê a fila de camelos ao longe, você pensa em camelotáxis, mas parece que não está fácil.
– bluargh! que papo é esse?
– isso tudo no preciso momento de implosão dos prédios.
– é uma pena.



2. tempo é temperatura do sangue

o que é o prazer?, ela pergunta.
não sei, respondo deitando a cabeça em seu colo.
ela olha a tv e diz, há quanto tempo não fujo…
de novo não sei, mas me calo.
estive pensando em voltar, mas não consigo decidir praonde, só sei que sinto saudades.
um dia vou te buscar, digo.
nunca temos pressa?, pergunta ela.
pressa é pra quem precisa, tempo é temperatura do sangue.
você é um grande filósofo.
não, é que eu leio sempre os pára-choques de caminhão.



[1996]

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O God, O Venus, O Mercury, patron of thieves,
Lend me a little tobacco-shop,
or install me in any profession
Save this damn'd profession of writing, where one needs one's brains all the time.

PS: What's this I hear about my singing?

01 fevereiro, 2006 18:18  

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