sexta-feira

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sertão 394


Para Pollock, pintar era mover a tinta sobre a tela, fluir.
Quem antecipa e constrói a tela com minúcia, flui apenas na técnica, não assume a imprevisibilidade de um grito imaginado no escuro, um respingo incorporado como dado do acaso, signo da vida.
No fugaz só há inércia circunstancial.
No fluxo há potência — entrega e desejo.
O imaginado na astúcia é fraco porque é unilateral.
E meu interesse como pintor sem tinta não é esse.
Interpretar demais é uma forma de exumar o corpo e certificar a morte.

1 Comments:

Blogger Ariadne Costa said...

Essa teria sido a minha resposta? Soa assim. Mas acho que a gente disse a mesma coisa.

18 dezembro, 2005 21:18  

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